Absurdos

Só uma cabeça profundamente afectada pela doença woke pode pôr em causa a legitimidade do Império Colonial Português e insistir com aguerrida teimosia em que, para além das colónias em si mesmas, esse Império, entretanto perdido, deve martirizar-se pelo pecado ou mesmo crime do esclavagismo que lhe está associado.

Esta posição releva de um grosseiro anacronismo. Nos séculos XV, XVI,XVII e XVIII, a posse de colónias, o tráfico de escravos e a organização de Impérios era algo tido como perfeitamente normal e legítimo. Com raríssimas excepções, o tráfico de escravos não chocava ninguém, visto que os negros eram considerados infra-humanos. Em suma: as colónias e o tráfico de escravos não só eram consensuais como, ponto muito importante, não eram crime, eram legais. De resto, a escravatura existia desde tempos imemoriais. O seu aparecimento na cena euro-atlântica foi tido como natural.

O tráfico e a escravatura, como já disse, não eram crime. Que eu saiba, sem crime não pode haver castigo. Ora o que actualmente se apregoa como um crime, não o era durante séculos, o que significa que não há lugar para reparações. Quem não entende isto, está a julgar o passado à luz dos valores de hoje. Aqui reside um........

© Jornal SOL