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O ‘casseteiro-mor’ da República

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Nota prévia: Há países onde os debates são feitos de modo a que só esteja ligado o microfone de quem está a falar, evitando sobreposições tumultuosas. Cá não. É pena. Preferiu-se as audiências ao esclarecimento.

Está à vista de todos desde há muito e reforçou-se nestes debates presidenciais. O discurso de André Ventura é uma cassete que ele repete, freneticamente, face a qualquer oponente, com variantes políticas adaptadas à circunstância atual e passada de cada um deles. Associada à postura está uma cuidada preparação, sempre virada para o estilo confrontativo. Daí a sua retórica dura e próxima da ofensa pessoal, sendo por vezes imprecisa, mas eficaz. O método repete o figurino das direitas populistas e nacionalistas de países europeus, com a diferença que Ventura não se deixa embalar por Putin e defende a Ucrânia. A postura geral remete para o pai Le Pen mais do que para Marine, que se sofisticou. Tem pouco a ver com Meloni e menos ainda com Abascal, que apesar de usar uma violenta oralidade de essência nacionalista e patriótica, por contraponto a independentistas e socialistas espanhóis que não são moinhos de vento. O Vox é........

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