«Precisa-se orçamento, mas também execução»

Muito se tem falado, não de hoje ou passado recente, mas desde há muito, que o investimento nas Forças de Segurança, e em especial na PSP, é parco e insuficiente para seguir um caminho de transformação, de eficiência, enfim, de progresso. Lembremo-nos que Portugal, tendo um dos maiores ratios de polícia por cada 100.000 habitantes, é daqueles que ainda assim investe menos do seu PIB nas Forças de Segurança segundo dados do Eurostat[1], com uma média de apenas 0.9% do mesmo, bem abaixo de países como Espanha, Bélgica ou Polónia. Assim se percebe o porquê de continuarmos a insistir gaulesamente na mesma tecla, já que a ausência de reformas e a o fraco investimento mantêm estas instituições caducas e reféns de migalhas que tardam em não vir.

Desde logo, quando a grande fatia de orçamento alocado à PSP se destina ao pagamento de remunerações e se fixa nos 90%, deixando pouca margem, depois de pagos todos os demais contractos de aquisição de bens de serviços e despesas correntes, para que se possa assegurar uma margem razoável de investimento, situando-se esta em pouco mais de 2%, qualquer coisa como 13€ a 15€ milhões do orçamento global habitualmente concedido à PSP, limitado que está, lembremo-nos, pela dependência de receitas próprias [projectadas] e de........

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