Privatizar a saúde. Economia ou ideologia?
A Constituição consagra um Serviço Nacional de Saúde (SNS) universal, geral e tendencialmente gratuito, para garantir o acesso de todos, independentemente dos recursos de cada um, do sítio onde viva, ou da doença de que sofra. Se em vez do SNS tivéssemos o mercado, só teríamos serviços de saúde no litoral e nas cidades. No interior e nas periferias, não havendo procura, a oferta seria escassa. Foi o SNS que em cinquenta anos transformou a saúde dos portugueses num valor respeitado lá fora, com indicadores acima da média europeia. O SNS nem sempre funcionou bem: erros acumulados, falta de planeamento, pressão das corporações e interesses no setor levam a falhas: faltam médicos de família, obstetras, anestesistas, pediatras e outros especialistas; escasseia autonomia decisória dos hospitais, com subfinanciamento orçamental baixo (para Bruxelas ver) sempre completado com imaginativos reforços sem plano nem data; reformas mal pensadas, impostas sem estudo nem debate, mais voluntaristas que racionalistas. O resultado pode medir-se por cinco ministros em dez anos, pela mudança de gestores a........





















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