Quando o teórico de Zipaquirá caiu finalmente na realidade
Zipaquirá. Dá vontade de responder: vai tu! Cá por mim vou lá de boa vontade. Gosto de viajar por nomes. Uma vez estava a ler qualquer coisa sobre Bobo Dioulasso, no Burkina Faso, e dois dias depois estava lá. Também atravessei a Índia de comboio para pôr os pés nessa cidade fantástica chamada Tiruchirappalli. E mais e mais. Zipaquirá é outra palavra que me soa bem. Fica no interior da Colômbia e dizem os de lá que é linda e limpa como poucas, com os edifícios da era colonial bem conservados. Dê-se o desconto que for preciso por via do orgulho de proprietário. Quem passou algum tempo da sua vida em Zipaquirá foi Gabriel José de la Concordia García Márquez, a quem os colombianos passaram a tratar pela alcunha carinhosa de Gabo. Vem mesmo a propósito. OK. Se calhar nem vem, mas deixemos isso para outra altura até porque aqui não há espaço que bonde. Gabriel nasceu em Aracataca (outro nome agradável aos meus ouvidos), na parte caribenha do país e nunca ninguém que tenha lido Cem Anos de Solidão esquecerá a frase irretocável que serve........
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