A luta entre a moderação e o abismo
Vivemos um tempo em que a democracia parece cansada de si própria. O radicalismo, outrora marginal, ocupa hoje o centro da cena política. Não surgiu do nada, cresceu no silêncio da indiferença, alimentado pelas desigualdades, pelo medo e pela frustração de quem deixou de acreditar que o sistema podia ouvir e dar respostas. Desapareceu a tensão virtuosa do confronto democrático a favor de uma tecnocracia sem alma e de um moralismo inconsequente.
É nesse vazio que o populismo floresce. Ele não é a causa da decadência, mas o sintoma de um corpo político extenuado. Cresce quando a palavra se torna grito. Promete união, mas vive da divisão. Invoca o povo, mas alimenta o ressentimento. Mede o seu sucesso pela erosão da linguagem consciente de que sempre que a linguagem se corrompe, a razão cede.
A globalização dissolveu as antigas âncoras da segurança, o emprego estável, o........





















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