50 anos de memórias
Todos os povos têm memória e é esse atributo que lhes dá a consistência da sua própria existência como povo, como Nação e como Estado. No dia 25 o povo recordou e festejou abril. Festejou a revolução dos cravos. Tinham desembarcado na Praça do Comércio, a liberdade, a democracia e a igualdade. Três passageiros de um barco enviado pelos quatro cantos do mundo e que se associaram a batalhões cujos interesses eram idênticos. A ânsia de liberdade era enorme e a necessidade de viver em democracia era demasiado apelativa para quem nunca a tinha conhecido. Na realidade foi em África que se iniciou a revolução. Foi em África que se lutou pela liberdade e pela democracia e foi de lá que partiu o barco que trouxe esses passageiros especiais e os espalharam por cá com a ajuda dos capitães de abril. No dia 25 eles efetivaram todas as ânsias contidas, tanto de lá como de cá. E com a serenidade e o perfume de cravos vermelhos de Tavira, impediram as armas de disparar e espalharam sorrisos e esperança no meio do povo. Este agradeceu profundamente a liberdade que lhe deram. Alguns não a souberam usar, pois não estavam habituados. Desculpável. Hoje recorda-se e a memória subsiste. De todos os cantos do mundo, Portugal recebeu neste dia os parabéns pelos cinquenta anos da........
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