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Uma história com alguma pedagogia

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13.08.2024

Há dias vi na televisão a utilização da tecnologia da sterea-litografia para a construção de umas casas enormes a serem usadas na lua, o que me fez recordar uma pequena história que resolvi agora contar, pensando que poderá ter algum efeito pedagógico útil na compreensão dos problemas da economia e da sociedade portuguesas.

Há cerca de vinte anos, um domingo, estava com um amigo e colaborador da empresa num hotel em Los Angeles à espera de um voo nessa noite para Tóquio e sem nada para fazermos, quando vimos um anúncio de haver na cidade uma feira de tecnologia, que resolvemos visitar. Em boa hora diga-se, porque deparamos com a primeira apresentação mundial de uma pequena máquina que utilizava uma nova tecnologia para produzir um pequeno apito. O apito não era uma escolha acidental, porque permitia mostrar que com a nova tecnologia era possível produzir um produto com um outro componente no seu interior, no caso a esfera. Era o início do que vinte anos depois vi agora na televisão.

Fiquei entusiasmado com a nova oportunidade tecnológica por duas razões: (1) porque a tecnologia seria útil para a produção dos protótipos que eram parte da produção da nossa empresa, mas maquinados em máquinas CNC; (2) porque acreditava que uma nova tecnologia no seu início, do ponto de vista meramente empresarial era demasiado cara e seria inteligente esperar pela sua evolução, mas que do ponto de vista da investigação seria uma oportunidade de promover o seu futuro desenvolvimento.

Recordo que, por esse tempo, considerava ser prematura e excessivamente cara a opção do Governo de António Guterres de investir numa nova tecnologia desenvolvida por outros: a produção de energia eléctrica pela via eólica, na sua fase inicial da curva de preço, então excessivo, preço esse que estimava iria descer rapidamente como de facto aconteceu. Mas uma opção que serviu para que os preços da electricidade, já excessivos ao tempo, estejam ainda hoje a ser pagos por muitas famílias e empresas, dados os prazos escandalosos concedidos nos contractos então feitos. Denunciei isso mesmo nos jornais e fui ameaçado com um processo judicial, o que, como era previsível, nunca aconteceu, apesar de ter enviado uma carta aos promotores a aceitar o desafio de debater em tribunal as leis então feitas.

Voltando à história inicial, chegado a Lisboa, do ponto de vista meramente empresarial decidimos esperar pela descida dos preços, mas recordo que........

© Jornal i


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