A nomeação do novo governo português surge num momento crucial, em particular pela oportunidade singular de redefinir o seu futuro económico e social. No centro desta oportunidade está a necessidade de discutir alinhadamente uma verdadeira transformação digital (e não digitalização) no nosso país, para garantir a sua competitividade para a próxima década.
Este é o momento de Portugal não incorporar apenas tecnologias nos seus processos existentes, mas de repensar e redesenhar um país ágil e digitalmente alinhado com os desafios da década que inicia em 2030, baseado em três pilares: competitividade, inovação e qualidade de vida.
A digitalização, embora necessária, limita-se à adoção de tecnologias digitais capazes de converter processos analógicos em digitais. É um primeiro passo, mas insuficiente para responder às exigências de um mundo em rápida evolução.
Transformar digitalmente um país, por outro lado, é um processo mais ambicioso e abrangente, envolvendo a reestruturação de sistemas, dos processos e modelos de negócio do Estado (como um todo) e da sua Administração Pública, aproveitando as tecnologias digitais para criar formas inovadoras de operar e........