Transição para um mundo mais envelhecido
Uma das grandes conquistas dos últimos 100 anos foi o acentuado aumento da esperança média de vida. Desde 1960, e nos atuais Estados-membros da União Europeia, a esperança média de vida aumentou em cerca de 12 anos, atingindo neste momento os 81,1 anos. A nível global, o aumento foi ainda mais significativo, tendo subido em cerca de 20 anos – atingindo os 73 anos.
Este aumento significativo foi suportado pela diminuição da mortalidade infantil e pela melhoria do acesso das populações a cuidados de saúde. Por outro lado, a evolução da sociedade, também levou a uma queda acentuada da natalidade, sobretudo nos países desenvolvidos – na Europa o rácio de nascimentos por mulher desceu de 2,6 filhos em 1960, para cerca de 1,5 filhos nos dias de hoje.
Contudo, apesar das conquistas a nível da saúde e do planeamento familiar, o envelhecimento da população tem originado consequências de longo alcance que os governos, as empresas e a sociedade em geral não podem ignorar, e que trazem desafios incontornáveis para a sociedade nas próximas décadas.
O tradicional sistema de apoio social e pensões pode colapsar?
As preocupações generalizam-se, e observadores e economistas têm feito soar os alarmes a respeito de algumas das consequências, que, no final do dia, estão relacionadas com os custos que uma crescente fatia da população idosa, em combinação com uma população em idade ativa que é demasiado pequena para a sustentar, podem criar ao sistema.
O declínio da fertilidade agrava o envelhecimento da população e é também impulsionado pelos esforços no desenvolvimento global. O aumento das taxas de educação e do acesso à........
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