Ucrânia: não existem soluções perfeitas

O almirante Gouveia e Melo concedeu esta semana uma entrevista ao “Diário de Notícias” onde garantia que, “se a Europa for atacada e a NATO isso nos exigir, vamos morrer onde tivermos de morrer para a defender”.

Muito poderia ser dito sobre esta declaração, nomeadamente o facto de, aparentemente, o almirante estar a falar de algo que está acima das suas competências. Não é o chefe do Estado Maior da Armada que decide a entrada de Portugal numa guerra, mesmo que a NATO tal nos peça. Por alguma razão que desconhecemos, a frase que serviu de título à entrevista deixou de fora uma parte essencial da equação: é o poder político, a quem o almirante reporta, que decide a guerra e a paz.

No entanto, o almirante tem razão no essencial, que é o facto de vivermos tempos muito perigosos na Europa. Portugal faz parte da NATO e, em caso de confronto direto com a........

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