O fim da NATO e a desunião europeia

As polémicas declarações de Donald Trump a respeito do futuro da NATO, dando a entender que se fosse novamente presidente deixaria os aliados europeus à mercê da Rússia, têm certamente o seu quê de bluff, na medida em que faz parte do estilo de Trump encarar a diplomacia internacional como se fosse mais um capítulo do seu “Art of the Deal”, o livro que em 1987 encomendou a um escritor fantasma e que, segundo nos diz com a seriedade que lhe é possível, constitui a sua leitura preferida, logo a seguir à Bíblia.

Porém, é inegável que se Trump voltar à presidência este assunto deverá voltar à ordem do dia, porque as suas tiradas vão ao encontro do que pensa uma boa parte do seu eleitorado. Com as devidas diferenças, Trump é uma espécie de Lindbergh moderno que tem o apoio de uma corrente isolacionista que está no ADN dos Estados Unidos........

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