Da crise climática ao risco económico

Em 2026, a crise climática deixa de ser tratada como uma externalidade ambiental e passa a ser incorporada como um risco económico mensurável, com impacto direto no valor dos ativos, na estabilidade financeira e nas decisões de investimento.

Durante décadas, a análise económica e financeira operou com o pressuposto implícito de que a natureza constituía um pano de fundo estável, disponível e praticamente ilimitado. Esse pressuposto deixou de ser válido. A natureza entra hoje no núcleo da lógica económica como infraestrutura produtiva crítica, da qual dependem cadeias de valor, níveis de produtividade, retornos financeiros e a resiliência dos sistemas económicos.

Esta mudança é acelerada pelo enquadramento regulatório e financeiro. A........

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