Na futebol, como na política, as expectativas não são tudo. Mas contam muito para os sentimentos que dominam cada resultado.
As elevadas expectativas que foram criadas em torno deste Braga transformaram-se num problema que Artur Jorge tem tido dificuldade em gerir. Isso mesmo foi assumido na antevisão do último jogo. E prolongou-se no final da partida.
Quem olha para os resultados da época, poderá ter dificuldade em compreender o clima anímico que se vive nas bancadas do Estádio Municipal. A equipa acaba de conquistar um título (o oitavo da sua história), continua a lutar pelo pódio da Liga e está em prova na Liga Europa. Apesar disso, os adeptos parecem dominados por uma certa “desilusão”.
A instabilidade defensiva, atestada pelas mudanças sucessivas nas duplas de centrais, é inequívoca mas não explica tudo. O clube - Direção, estrutura técnica e adeptos - precisam de se deitar no divã, relaxar e desfrutar do muito que temos conquistado juntos.
No final do jogo com o Moreirense ouvi um adepto dizer que “tivemos muita sorte em não ter sofrido”. Não ouvi ninguém dizer “que grande vitória conseguimos segurar contra um adversário em tão boa forma” ou “que azar tivemos por não ter marcado naquelas oportunidades flagrantes”.
São dores do crescimento, é certo, mas no meio de tanta insatisfação parece que deixámos de reparar nas grandes exibições que Zalazar tem feito ou na qualidade magistral do futebol de João Moutinho.
A época é exigente e trará certamente mais dificuldades à equipa. É preciso ser realista, exigente, apaixonado e… apoiar, apoiar e apoiar.
*Adepto do Braga
Na futebol, como na política, as expectativas não são tudo. Mas contam muito para os sentimentos que dominam cada resultado.
As elevadas expectativas que foram criadas em torno deste Braga transformaram-se num problema que Artur Jorge tem tido dificuldade em gerir. Isso mesmo foi assumido na antevisão do último jogo. E prolongou-se no final da partida.
Quem olha para os resultados da época, poderá ter........