Mais do que puxar das bandeiras, Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro vão ter de puxar da máquina calculadora na noite de domingo. Apenas para fazer contas de somar. Porque as de subtrair já estão todas feitas: à Esquerda, os socialistas contam com todos. Mas à Direita, o mistério eleitoral chamado Chega será um parceiro a menos na estratégia social-democrata.

Não é não, por mais que André Ventura tente vender a ideia de que as “forças vivas” do PSD andaram a promover conversas secretas com ele para, nas costas de Luís Montenegro, prepararem um futuro risonho de mão dada com o Chega.

Para além de grande parte dessas “forças vivas” já o terem desmentido - e de Rui Gomes da Silva se representar, basicamente, a si próprio -, Ventura está apenas a tentar ganhar algum do ascendente mediático perdido nos últimos dias para os líderes dos dois maiores partidos, à medida que o chamado voto útil, associado à elevada percentagem de indecisos, conquista relevância. Se não fosse assim, o Chega não tinha reforçado as arruadas até ao final da campanha. Montenegro (e também Pedro Nuno Santos) já perceberam que quanto menos contribuírem para o recreio do Chega, mais André Ventura é forçado a correr atrás do prejuízo.

Radar de campanha: Uma calculadora que só faz contas de somar

Radar de campanha: Uma calculadora que só faz contas de somar

Mais do que puxar das bandeiras, Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro vão ter de puxar da máquina calculadora na noite de domingo. Apenas para fazer contas de somar. Porque as de subtrair já estão todas feitas: à Esquerda, os socialistas contam com todos. Mas à Direita, o mistério eleitoral chamado Chega será........

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