Nem todo movimento é progresso |
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Na natureza, poucos animais representam tão bem a lógica da intenção quanto o jacaré. Ele permanece imóvel por longos períodos, quase confundindo-se com a própria paisagem. Nada nele é impetuoso, nada é gasto sem cálculo.
O jacaré observa, espera, escolhe o momento exato e só então se move. Não desperdiça energia porque compreende que a sobrevivência está menos na velocidade e mais na leitura correta do ambiente.
E isso não é acaso: estamos falando de uma espécie que habita a Terra há mais de 200 milhões de anos, enfrentando mudanças climáticas, extinções em massa e transformações geológicas profundas. O comportamento dele é um ajuste fino esculpido pelo tempo, uma estratégia que a evolução validou inúmeras vezes (e nada melhor do que poder aprender com quem já venceu o teste do tempo).
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Quando contrastamos essa postura com o comportamento do investidor médio, a diferença é gritante.
Enquanto esse predador ancestral responde ao ambiente com calma e intenção, muitos investidores modernos parecem viver em estado permanente de reação. Oscila a bolsa, ajustam a carteira. Sai uma manchete, correm para vender. Surge um ruído, mudam toda a estratégia. Movem-se o........