Europa sem voz, sem soldados e sem paz
A Europa, ao mesmo tempo em que percebe de forma palpável a Rússia como uma ameaça à sua segurança, assiste a uma acelerada erosão de seu papel como ator geopolítico global relevante. As indicações disso são várias, mas a mais recente — o completo escanteamento dos europeus da elaboração do plano apresentado pelo governo de Donald Trump nas negociações com a Rússia para uma paz na Ucrânia — é a mais evidente.
A invasão russa da Ucrânia e o terremoto geopolítico causado pelo retorno de Trump à presidência dos EUA foram os eventos que desnudaram a fragilidade europeia. Uma frase que vem sendo repetida com muita frequência, atribuída ao ex-primeiro-ministro dinamarquês e ex-secretário-geral da OTAN Anders Fogh Rasmussen, resume o problema: “A Europa se acostumou à segurança americana, à energia russa barata e aos manufaturados chineses baratos.”
A guerra na Ucrânia bloqueou a energia russa, Trump faz os europeus duvidarem de que os EUA estarão sempre disponíveis para a defesa da Europa, e os manufaturados chineses baratos dilapidaram a capacidade produtiva do velho continente.
Os europeus, incapazes de impor uma solução para a guerra em seu próprio continente, não possuem praticamente nenhuma voz ativa nas principais questões geopolíticas globais. Não tiveram relevância na crise em curso entre Israel e o Hamas e não têm o que dizer acerca da pressão norte-americana sobre a Venezuela ou das disputas envolvendo a China no Mar do Sul da China e em Taiwan,........





















Toi Staff
Penny S. Tee
Sabine Sterk
Gideon Levy
John Nosta
Mark Travers Ph.d
Gilles Touboul
Daniel Orenstein