O louco Luís ou o génio Montenegro?

Há umas semanas escrevi aqui um artigo em que dizia que Montenegro estava a ganhar 3-0 às oposições: tinha ganho, durante a campanha, o debate com o Pedro Nuno Santos, usando a velha mestria de se mostrar alternativa ao seu principal adversário, assacando-lhe a incumbência e, por força disso, a responsabilidade do estado do país (1-0); tinha vencido as eleições, não obstante a novidade da acentuada fragmentação eleitoral e depois de ter assumido a arriscada estratégia do “não é não” (2-0); e estava a formar Governo, sem que sobre isso tivesse havido qualquer fuga de informação, num modo de fazer política à antiga (“à Cavaco”, como os comentadores classificaram em jeito de inusitado elogio) (3-0).

Merecedoras de nota curricular, a somar a estas vitórias recentes, Montenegro tem também algumas vitórias, derrotas e empates passados. Foi um competente e combativo líder parlamentar durante o Governo de Passos Coelho, como este lembrou recentemente (nota positiva); um derrotado candidato a líder do partido, tendo perdido para Rui Rio (nota negativa); um ardiloso ausente responsável pela derrota de Paulo Rangel à presidência do PPD (nota de cinismo); e um relativamente eficaz apaziguador, chamando Rangel e Pinto Luz,........

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