Cada novo ano traz, naturalmente, o desejo de que o futuro que se inicia seja melhor do que o passado que se encerra. Infelizmente, a história recente não tem sido assim. Em 2020 e 2021, o Mundo foi afectado pela primeira pandemia em mais de 100 anos. Em 2022, quando a normalidade parecia poder instalar-se, a Rússia invadiu a Ucrânia, gerando, ente muitos outros aspectos, a maior crise inflacionista dos últimos trinta anos. Em Outubro do ano que agora findou, o ataque do Hamas deu origem a um conflito com Israel que atinge uma dimensão que há muito se não via e cujas repercussões, quase três meses decorridos, continuam incertas.
Os acontecimentos que referi são, apenas, os mediaticamente mais impressivos. De facto, muitos outros poderiam ser citados: os receios gerados pela crise climática (que em nada são diminuídos com o acordo para o abandono dos combustíveis fósseis, que mais não é do que um anúncio pífio, destituído de conteúdo concreto), o recuo das democracias e o correspondente aumento dos regimes totalitários e autocráticos, o incremento da violência política e a escalada de conflitos armados, o crescimento da vaga de refugiados e de deslocados, que atingiu valores recorde.
Mais grave do que isso tudo, porém, é a circunstância de as perspectivas para 2024 não se apresentarem, de todo em todo, animadoras. Bem pelo contrário.
No dia 5 de Novembro, os Estados Unidos da América serão chamados a eleger o seu novo........