Sempre que se vislumbra a hipótese de haver uma privatização aparecem vozes que defendem a manutenção a todo o custo do negócio na esfera do Estado. Não vou discutir ideologia, acima de tudo porque a ideologia tem uma capacidade inata de toldar as pessoas mais inteligentes. Mas gostava de apelar a um pouco de memória e de recuar décadas para relembrar que as nacionalizações pós-abril representam um dos períodos mais negros da história económica recente. Não só pelo valor que destruíram mas sobretudo pela herança que deixaram incrustada na economia e na sociedade, onde capital passou a rimar com mal.

É notório o fosso criado entre os detentores de capital e a classe trabalhadora, onde os primeiros são vistos como seres que se movem apenas por dinheiro. Ainda hoje se olha para os resultados das empresas como algo bizarro e não como necessários para fomentar e atrair investimentos. Não se comparam os lucros com o capital investido, tão-pouco se fazem contas aos postos de trabalho criados, aos impostos pagos e ao contributo para o crescimento económico.

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QOSHE - A TAP e a bruma ideológica - João Vieira Pereira
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A TAP e a bruma ideológica

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26.05.2023

Sempre que se vislumbra a hipótese de haver uma privatização aparecem vozes que defendem a manutenção a todo o custo do negócio na esfera do Estado. Não vou discutir ideologia, acima de tudo porque a ideologia tem uma capacidade inata de toldar as pessoas mais inteligentes. Mas gostava de apelar a um pouco de memória e de recuar........

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