Estamos a viver uma fase histórica da nossa democracia, porque, pela primeira vez em 50 anos, há uma mudança estrutural de fundo. O regime começou encostado ao pesado radicalismo de esquerda da última “revolução”. O radicalismo do PCP e do BE não entrava nas contas da governação, estava fora do arco da governabilidade; PCP e depois BE não eram frequentáveis e, aliás, nem comunistas nem bloquistas queriam frequentar ou influenciar os governos burgueses, capitalista, europeístas. Isso só começou a mudar quando a arrogância de Louçã perante a troika – recusou falar com os três membros da troika, como se a realidade fosse cancelável – levou a uma derrota histórica do BE em 2011.

Artigo Exclusivo para subscritores

Subscreva já por apenas 1,54€ por semana.