O paradoxo sobre a tolerância com os intolerantes, introduzida há décadas no pensamento sobre os regimes liberais, não é fácil de resolver, nem sequer intuitivo. A questão é se devemos ser tolerantes com os intolerantes, ou seja, se o conceito de tolerância não envolve uma necessária reciprocidade, sem a qual jamais será operativa.

A resposta intuitiva seria um rotundo não. Por que motivo haveríamos de tolerar quem não tolera ninguém, senão os seus sequazes, ou outras ideias, senão as suas? Mas, penso que a resposta lógica terá de ir mais longe, como, aliás, já demonstraram António Barreto e Francisco Teixeira da Mota, duas figuras conhecedoras e insuspeitas da mínima simpatia por tiranias, em crónicas recentemente publicadas.

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A democracia anémica

A democracia anémica

O paradoxo sobre a tolerância com os intolerantes, introduzida há décadas no pensamento sobre os regimes liberais, não é fácil de resolver, nem sequer intuitivo. A questão é se devemos ser tolerantes com........

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