Enquanto discutimos outras coisas, Emanuel Macron e Olaf Scholz publicaram um artigo de opinião conjunto no Financial Times que é um resumo do que querem que seja o programa de trabalho da Comissão Europeia nos próximos cinco anos. (Se o critério fosse poder e dinheiro a ordem seria inversa, mas se o critério for quem tem liderado as ideias, a ordem está certa.) Seja como for, quando França e Alemanha falam sobre a Europa, convém estar atento. Até porque já não há Reino Unido para os contrariar. À primeira vista, parece tudo bem. O diabo, como de costume, está nos detalhes.
Macron e Scholz começam por dizer que “a Europa deve prosperar como um forte líder industrial e tecnológico, ao mesmo tempo que concretiza a ambição de tornar a UE no primeiro continente com impacto neutro no clima”. E como é que isso se faz? Nos últimos cinco anos, a estratégia foi a de acelerar para liderar a transição verde, convencidos de que lideraríamos as respectivas indústrias. Não está a acontecer. Nos painéis solares, a China é melhor. Na indústria automóvel, que é uma das........