Dentre as muitas coisas que aprendi com Albert Camus, a mais valiosa foi a possibilidade de salvar o cotidiano
Hoje, fui capaz de sentir aquele grande prazer que se esconde em um cachorro-quente na praça vazia da cidade. Dia de feriado, igreja apagada, os meninos correndo em um pega-pega combativo e a vida, sem carências, rodeando a todos. Durante o Sermão da Montanha, no meio das outras bem-aventuranças, acredito que poderia ter sido incluído: felizes o que salvam o cotidiano, pois deles será o Reino da Terra!
Dentre as muitas coisas que aprendi com Albert Camus, a mais valiosa foi a possibilidade de salvar o cotidiano. Se viemos do nada e para lá retornaremos, temos a única missão de carregar nossa subjetividade por aí, sem necessidades de adequações, medicações ou castigos. Mesmo diante da pedra de Sísifo que teima em descer todas as manhãs, nos obrigando a recolocá-la em seu lugar para, depois, ir buscá-la novamente.
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