Cinderela moderna |
Passou os anos de matrimônio aprendendo a ser a capitã do próprio navio. Concluiu, certa vez, que aprendera a ser sozinha no próprio casamento. Um dia, o divórcio veio assinar o cheque; a solidão disse "olá". Saiu do ranço conjugal só para descobrir que o vazio é um ranço ainda mais chato. Não suportava o vácuo. Não era sobre ter alguém, era sobre ser resgatada.
Fique por dentro das notícias que importam para você!
Como toda boa princesa de conto de fadas, ela estava à espera de um salvador com 'S' maiúsculo. Aquele que viria de um cavalo branco (ou um SUV alugado) para lhe oferecer uma vida de "foram felizes para sempre" e, mais importante, de "não mais sozinha".
A carência não era de marido, mas de arquétipo. Sofria de angústia de abandono. A infância foi gasta na vigília da porta, esperando que a Rainha-Mãe, que havia saído para comprar cigarros, voltasse para o "resgate original". O salvador não precisava tirá-la daquela vida; ele precisava tirá-la, suavemente, dela mesma. Daquela menina que ficou no loop de........