Opinião | Por que o enviado de Trump à Rússia parece trabalhar para o Kremlin

Uma compreensão visual e analítica do que está acontecendo no mundo

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Rússia avança no sul da Ucrânia enquanto intensifica os ataques na linha de frente

Outras cidades, na região nordeste de Kharkiv na Ucrânia, também testemunharam recentemente um aumento nos combates. Crédito: CENTER FOR INTERNATIONAL COMMUNICATIONS OF UKRAINE

Nessa terça-feira, o enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, está em Moscou, ao lado do genro do presidente americano, Jared Kushner, sob a justificativa de negociar os termos do fim da guerra na Ucrânia.

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Na semana passada, a Bloomberg publicou transcrições de um telefonema vazado entre ele e Yuri Ushakov, conselheiro de política externa de Putin. A conversa, gravada em outubro, revelou que Witkoff orientou o Kremlin sobre como lidar com o governo americano nesse processo. Entre outras coisas, ele sugeriu a elaboração de uma “proposta de paz” – um plano genuinamente russo embalado como americano.

A postura gerou desconfiança sobre os seus vínculos com o país – que vão bem além do fato dele ser descendente de russos.

Afinal, o que há de documentado sobre a relação de Witkoff com a Rússia? A resposta parece passar por três camadas: o ambiente em que ele enriqueceu, os sócios que escolheu e a forma como fala de Moscou desde então.

Até o início desse ano, Steve Witkoff jamais havia ocupado qualquer função oficial na diplomacia ou em qualquer instância do governo americano. A razão........

© Estadão