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A linha que une os ataques no Equador, a política argentina e o 8 de Janeiro, no Brasil

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11.01.2024

Há uma clara linha que conecta os recentes acontecimentos no Equador, na Argentina e até mesmo as fatídicas invasões aos poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. Essa linha é algo muito relacionado à aceleração dos tempos atuais e à simplificação do debate político. Trata-se da urgência das pessoas em buscar soluções rápidas para todo tipo de problemas, inclusive os mais complexos.

A política, que ocupou as redes sociais, entrou no ritmo determinado pela guerra narrativa algorítmica, que faz com que posts e memes sejam difundidos e compartilhados a uma velocidade estratosférica, gerando uma ansiedade eleitoral constante.

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É uma doença digital, que faz com que os eleitores escolham para os representar personalidades que se enquadrem no arquétipo do super-herói. Alguém que possa usar superpoderes para resolver todas as aflições, quase que instantaneamente.

Além de buscarem essas personagens, esses eleitores ainda cobram delas soluções ininterruptamente, 24 horas por dia, pressionando por ações imediatas.

O mais recente exemplo dessa patologia cibernética vem do Equador, que esta semana figurou como um dos assuntos mais falados no Twitter, no mundo todo. O presidente do país, Daniel Noboa, foi um dos que acreditaram em suas próprias ilusões. Com uma canetada, buscou extinguir facções criminosas que há décadas assolam o País.

Motivado pelo superpoder que acredita possuir, decretou Estado de........

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