Em tema de crédito ao consumo: “só se empresta um cabrito a quem tem um boi…”
Até 1991, em Portugal, a banca ainda se regia por essa máxima, tirada da sabedoria dos africanos. E que se ouvia recorrentemente na Angola dos nossos sonhos, nos idos de 50, 60 do século passado.
Com a euforia da expansão do crédito até à bolha em 2007/2008, passou-se a emprestar um boi a quem nem sequer um cabrito tinha para garantia…
Aliás, o presidente ao tempo, da instituição que congrega as instituições de crédito, em Portugal, afirmava despudoradamente, como que “sacudindo a água do capote” e de modo desresponsabilizante, que:
“A responsabilidade pelo excessivo endividamento cabe aos próprios consumidores… que não sabem governar as suas pessoas e bens, em suma, que não sabem reger a sua vida!”
A Comissão Europeia, conhecedora dos meandros e das maquinações das entidades bancárias (não ignorando o recurso da banca à publicidade fraudulenta, às estratégias para consecução de crédito a qualquer custo para se atingirem metas) obtemperava, porém:
“Num mercado de crédito em expansão, é especialmente importante que os mutuantes não concedam empréstimos de modo irresponsável ou não concedam crédito sem uma prévia verificação da solvabilidade e........
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