Num tempo em que diversos grupos (religiosos e não só), alguns partidos e até certas comunidades cristãs tendem para o fechamento e, como consequência, para a sobrevalorização do próprio grupo e para a exaltação dos seus líderes, a Primeira Leitura (Nm 11, 25-29) e o Evangelho do próximo domingo (Mc 9, 37-42.44.46-47), o XXVI do Tempo Comum/Ano B, questionam claramente essa forma de pensar e de estar, propondo um modelo bem diferente, regido por uma atitude claramente inclusiva.
Em circunstâncias muito idênticas, o pedido de Josué a Moisés (Nm 11, 28: “Moisés, meu senhor, impede-os de profetizar”1) e a informação dada por João a Jesus (Mc 9, 38: “Mestre, nós vimos um homem que não nos segue a expulsar demónios em teu nome. Como não nos segue, procurámos impedir-lho”) revelam uma posição sectária e intolerante, “mais preocupada com a expansão e o sucesso do grupo do que com a realidade em jogo” (Rinaldo Fabris, O Evangelho de Marcos, ed. Loyola, Aparecida, São Paulo, 1990, p. 527). E a verdade é que estas atitudes ecoam naqueles que, ao longo dos tempos e em qualquer tempo, pensam ser o bem um monopólio de uma classe privilegiada, ser a salvação possível apenas dentro do próprio grupo ou ser a verdade apanágio exclusivo da........