E agora?
Luis Ferreira
Vivemos ultimamente momentos de enorme ansiedade devido ao ato eleitoral a que nos submetemos. Foi inesperado por factos que todos conhecemos, mas suficientes para derrubar um governo de maioria absoluta, ao fim de ano e meio. Ninguém contava e muito menos o próprio governo e atrevo-me a dizer que nem António Costa esperava demitir-se nas condições em que o fez. Mas fez.
Com o país à deriva e um governo sem poderes, esperava-nos novas eleições para eleger um governo que fizesse voltar o país ao rumo certo e descansar os portugueses, cansados já de incertezas. E foi o que aconteceu. Houve eleições.
No entanto, muitas foram as surpresas saídas destas eleições. Umas boas outras nem por isso. A melhor foi a descida da abstenção, o que demonstrou que os portugueses queriam mesmo uma mudança de política e não queriam mais maiorias absolutas. Aliás, pelo que se ouvia há muito tempo, os portugueses não queriam mais maiorias absolutas no governo. E conseguiram.
Entendo que eles queriam um governo onde as várias forças políticas ganhadoras se entendessem de modo a governar. Mas quais os partidos que iriam ganhar ninguém sabia. Todos apostavam que seria a Aliança Democrática, mas poderia não ser e esse receito manteve-se até ao fechar das urnas.........
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