Penso que vale a pena revisitar o The Economist, pela mão de Tom Standage, para apresentar as tendências para 2024. Sugiro e faço algumas alterações ao seu texto sempre que me parece oportuno ou que olho para o futuro de forma ligeiramente diferente. No global, estou, porém, alinhado com a esta visão.
Haverá eleições em todo o mundo, com mais eleitores do que nunca, e os holofotes estarão colocados muito mais na avaliação do estado da democracia do que em qualquer outro lado. Haverá mais de 70 eleições em 2024 em países que, no total, envolvem mais de 4,2 mil milhões de pessoas -ou seja, pela primeira vez na história da humanidade, mais de metade da população mundial. Muito embora as eleições, em números, não tenham precedentes, haverá muitas eleições não democráticas e muitas outras que, democráticas, acabarão por radicalizar posições em torno de partidos extremistas de esquerda como de direita.
Os eleitores e os tribunais darão os seus veredictos sobre Donald Trump, que reúne cerca de 1/3 (tenho dúvidas sobre se não será mais do que este valor) de hipóteses de recuperar a presidência. O resultado pode depender de dezenas de milhares de eleitores em alguns estados-decisores nos EUA. Porém, as consequências serão absolutamente globais caso haja reeleição, afetando desde a política climática até ao apoio militar à Ucrânia. Na verdade, a manipulação de eleições na Rússia pouco significa para o destino de........