Joe Biden lançou um balde de água fria sobre Kiev quando, na recente entrevista à ABC News, alegou: “O objetivo é assegurar que a Rússia nunca, nunca, nunca, nunca ocupa a Ucrânia. E isso não significa a NATO, não significa que a Ucrânia faça parte da NATO”.
A um menos de mês da Cimeira de Washington -- e depois do caminho aberto em Madrid (2022) e, sobretudo, em Vilnius (2023) -- esta posição só pode ser encarada como um cuidado do Presidente democrata em sérias dificuldades de garantir a reeleição de fixar eleitorado que vê com receios suplementares uma eventual promoção americana de uma adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.
Julianne Smith, representante permanente dos EUA na NATO, detalhou a visão da Administração Biden: “O que espero que os aliados façam na Cimeira da NATO é construir uma ponte para a adesão, oferecendo à Ucrânia um resultado que lhes permitirá aproximar-se ainda mais desta Aliança”.
E já haverá um plano para consumar este dilema cada vez mais saliente: como proteger Kiev da agressão russa sem consumar já a adesão da Ucrânia? A NATO está a ponderar estabelecer uma unidade permanente em Kiev, num sinal do seu compromisso de........