A recente greve geral voltou a colocar no centro do debate público a questão dos direitos laborais e do modelo de desenvolvimento que o país pretende seguir. Independentemente da dimensão da adesão em cada sector ou região, o facto de duas das principais centrais sindicais terem convergido nesta forma de protesto constitui, por si só, um sinal político que não deve ser ignorado.
O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, tem defendido que a greve não se justifica, sublinhando que Portugal atravessa um período de crescimento económico, criação de emprego e melhoria dos rendimentos. Sustenta ainda que as propostas do Governo em matéria laboral visam modernizar a economia e reforçar a competitividade. Esta leitura merece atenção, mas dificilmente pode ser considerada........

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