Formada no Ceub, com passagem pelo Jornal de Brasília. Jornalista do Correio Braziliense desde 1998.

O ano que acabou foi de boa recuperação na cobertura vacinal do país. A população atendeu ao chamamento do governo e de autoridades de saúde comprometidos com essa missão — após quatro anos de uma gestão federal que emitia sinais dúbios a respeito de imunizantes e da consequente falta de campanhas massivas para conscientizar sobre a necessidade dessa proteção.

Ainda não estamos, porém, no patamar preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de ao menos 95% de cobertura vacinal. Mas chegaremos lá, como um país que se acostumou a ser exemplo para o mundo em imunização.

Um dos objetivos do Ministério da Saúde é avançar na vacinação contra a covid-19, doença que matou 708.491 brasileiros (dados contabilizados até 30 de dezembro passado). Na última terça-feira, a pasta informou, por meio das redes sociais, que quem não finalizou o esquema primário das doses em 2023 já pode comparecer a um posto para completar a caderneta.

A partir deste ano, a vacina contra o novo coronavírus passa a integrar o calendário de imunização para grupos prioritários, como crianças de 6 meses a menores de 5 anos. A cobertura vacinal nessa faixa etária está muito baixa, o que representa um sério risco.

Uma das fake news de detratores das vacinas é de que a covid-19 afeta o público infantil de forma menos severa, por isso, a imunização não deveria ser obrigatória. A alegação não se sustenta. Em 2023, 110 crianças morreram devido à doença, como informou, em novembro último, a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Em 2022, de acordo com a Fiocruz, o Brasil registrou um óbito por dia entre crianças nessa faixa etária, em decorrência do coronavírus.

Nísia Trindade tem reiterado que a aplicação das doses segue orientação da OMS e que elas passam "por rigoroso processo de estudo de qualidade antes de serem incorporadas ao SUS". As vacinas são seguras, eficazes, gratuitas e salvam vidas. Se há na sua casa crianças com esquema vacinal em atraso, leve-as para uma unidade de saúde e atualize a caderneta. Se você também não completou o esquema primário, procure essa proteção.

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QOSHE - Artigo: Enfrentamento à covid-19 - Cida Barbosa
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Artigo: Enfrentamento à covid-19

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04.01.2024

Formada no Ceub, com passagem pelo Jornal de Brasília. Jornalista do Correio Braziliense desde 1998.

O ano que acabou foi de boa recuperação na cobertura vacinal do país. A população atendeu ao chamamento do governo e de autoridades de saúde comprometidos com essa missão — após quatro anos de uma gestão federal que emitia sinais dúbios a respeito de imunizantes e da consequente falta de campanhas massivas para conscientizar sobre a necessidade dessa proteção.

Ainda não estamos, porém, no patamar preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de ao menos 95% de cobertura vacinal. Mas chegaremos lá, como um país que se acostumou a ser exemplo........

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