“Aura Farming” e “Biohacking” entre as palavras do ano revelam um mundo obcecado por energia, performance e autocontrole

Em 2025, enquanto “Rage Bait” dominou o topo das discussões globais ao ser escolhida como a grande palavra do ano pela Oxford University Press, duas outras expressões emergiram como sinais de época — “Aura Farming” e “Biohacking”. Eleitas respectivamente em segundo e terceiro lugar, elas despontam como termos que refletem não apenas tendências culturais, mas também a ansiedade contemporânea em torno do corpo, da saúde, da espiritualidade e da auto-otimização.

Se “Rage Bait” (expõe a estratégia de provocar indignação nas redes sociais para gerar engajamento, “Aura Farming” e “Biohacking” apontam para o movimento inverso: a busca por autocura, estabilidade emocional e autonomia sobre o próprio corpo — seja pela via mística, seja pela via tecnológica.

A ascensão do “Aura Farming”: espiritualidade 4.0 em tempos de hiperconexão

O termo “Aura Farming”, ainda sem reconhecimento científico formal, entrou no vocabulário popular como indicador de uma prática cada vez mais presente: o cultivo consciente da energia sutil do corpo e do ambiente. Em um planeta saturado de tensão política, excesso de informação e fadiga digital, a ideia de que é possível “otimizar a aura” encontrou terreno fértil.

O cultivo envolve práticas que já são familiares, mas agora reorganizadas sob um guarda-chuva conceitual que mistura tradição com linguagem contemporânea. Entre elas:

Meditação e mindfulness para fortalecer a presença e reduzir ruídos emocionais.

Visualização criativa, utilizada tanto em terapias alternativas quanto em treinamentos esportivos de alto rendimento.

Ambientes energéticos, que incluem desde práticas de feng shui até o design biofílico presente em startups e consultórios.

Alimentação consciente,........

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