Heroismo e vilania |
No bombardeio sofrido por Alexandre de Moraes, uma paráfrase de Malu Gaspar me intrigou: “a democracia não precisa de heróis”.
Por que maltratar assim Bertold Brecht e negar elementaridades do jogo político? Quando e onde sistemas políticos e instituições públicas prescindem de ícones?
Não há sociedades sem heróis e vilões. Figuras paradigmáticas são construídas para sinalizar o que deve ser rejeitado ou enaltecido. Heróis e vilões simbolizam o justo e o injusto, o honrado e o abjeto. Criancinhas aprendem a distinguir o bonzinho do malvado.
Essas noções estão no palco político. Independentemente de seu desejo, o político é candidato à herói: sagra-se quando a maioria percebe seu oponente como inferior. Preferentemente, como vilão.
A guerra, forma extrema da política, é o mais fértil berço de heróis. Excetuados os........