Guerra híbrida - O Brasil já está sob ataque

Não é teoria conspiratória. Não é exagero retórico. E tampouco é “mimimi” geopolítico. Quando, há três dias, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deixou todos de orelhas em pé ao afirmar que a Europa enfrenta uma campanha sistemática de guerra híbrida e que os europeus devem imediatamente reagir, ela estava apenas dizendo em voz alta aquilo que democracias pressionadas já sentem na pele: o conflito do século 21 não começa com bombas - começa com mentiras, sabotagem institucional e manipulação da opinião pública.

Se isso vale para a União Europeia, vale ainda mais para o Brasil. Aqui, a guerra híbrida não chega por drones, ou aviões militares. Ela se infiltra pelo celular, pela timeline, pelos grupos de WhatsApp, pelas fake news travestidas de “opinião”, pela demonização da política e pelo ataque permanente às instituições democráticas. O método é conhecido: desacreditar o Estado, destruir a confiança social e transformar a sociedade em um campo minado de ódio e ressentimento.

A estratégia é sempre a mesma: degradação lenta, com aparência de acaso. A estratégia híbrida não busca brigar de frente; ela minimiza a visibilidade do agressor enquanto maximiza a confusão. Uma teoria conspiratória vira trending topic; um vídeo manipulado vira manchete; uma falha técnica vira prova de incompetência do oponente. Repete-se a fórmula até que a população aceite, por exaustão, narrativas simplificadas e líderes-salvadores. Von der Leyen apontou exatamente isso ao........

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