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Em São Paulo há um bairro chamado Casa Verde, é na beira do rio Tietê e, pelo que se conta, foi uma fazenda em que a casa “do sinhô” imitava a cor do mato e das árvores. O crescimento compulsivo da cidade engoliu a várzea e devastou quase tudo. A boiada mansa e a lavoura desapareceram. Só o nome resistiu.
No bairro em que moro também tem casa verde. Uma casa mesmo, dessas de morar ou abrir negócio. Tornou-se famosa por que ali se consertavam malas, bolsas e sapatos. Fosse o que fosse, de meia sola ou sola inteira, de fecho ou zíper, de remendo ou troca de rodinhas. Porfírio, uruguaio falante e habilidoso, não devolvia serviço. Trabalhava muito, cobrava pouco e freguesia nunca faltou
Na semana passada, Porfírio encheu as próprias malas e se mudou. Uma placa avisa do novo endereço.
Até as sábias sabiás sabiam. A casa verde pode ir ao chão a qualquer momento.
Uma construtora comprou a área para levantar um arranha-céu.
As vizinhas mais próximas à casa verde viraram poeira. Um boteco de refeição boa e farta, um salão de beleza especializado em depilação e um mercadinho que tinha de tudo.
Junto deles uma pensão para rapazes solteiros e moças de família. O quarto sem banheiro custava 700 reais por mês, com pagamento adiantado.
Assim como restaurante de beira de estrada com muito........