O mundo ainda precisa da globalização? Um olhar para o passado distante oferece uma resposta

Quando as manchetes parecem cada vez mais pesadas e o mundo dá sinais de fragmentação como nunca antes, é tentador acreditar que o sistema multilateral esteja desmoronando. As tensões geopolíticas crescentes, a erosão da confiança entre as nações e os testes cada vez mais duros à cooperação internacional criam um cenário que não víamos há décadas. Dependendo de quem se ouça, a globalização é vista ora como a força mais progressista da história humana, ora como uma teia complexa que espalha riscos com a mesma facilidade com que distribui benefícios.

Mas sempre que a realidade parece confusa, aprendi algo útil: olhar para trás, bem para trás. A história oferece pistas sobre o presente e o futuro, especialmente quando ambos parecem incertos. E, quando recuamos o suficiente no tempo, uma verdade se destaca: o mundo sempre foi moldado por trocas e conexões, muito antes de a palavra “globalização” existir.

Muito antes de cúpulas globais e acordos multinacionais, ideias e objetos já atravessavam montanhas, desertos e oceanos. Eles carregavam a sabedoria de diferentes culturas, eram comercializados, reinventados e adaptados por outros povos. Esses fluxos constantes e silenciosos de mercadorias, conhecimento e técnicas artesanais ajudaram a moldar o mundo em que vivemos hoje.

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