O caso Mascaro: por que sua demissão não foi um acidente, mas sim a reação do sistema a ideias revolucionárias

A demissão do professor Alysson Mascaro da Universidade de São Paulo não pode ser compreendida como um episódio isolado, administrativo ou meramente disciplinar. Ela expressa algo muito mais profundo: a reação orgânica de um sistema de dominação quando se sente ameaçado por ideias que deixam de ser toleráveis. Não se trata de um erro, de um excesso ou de um desvio. Trata-se de um mecanismo clássico de defesa da ordem.

Mascaro não era apenas um professor respeitado de filosofia do direito. Tornou-se, nos últimos anos, um intelectual público de amplo alcance, capaz de traduzir o marxismo — e, em especial, a teoria de Louis Althusser — para milhares de jovens, trabalhadores e estudantes que passaram a enxergar o Estado, o direito e a própria universidade não como instâncias neutras, mas como estruturas históricas de reprodução do poder de classe. Foi exatamente aí que ele ultrapassou o limite do aceitável.

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