Em Taiwan, a China age em legítima defesa da soberania nacional |
Por José Reinaldo Carvalho - A atual escalada no Estreito de Taiwan não deixa espaço para indiferença, ambiguidades, versões distorcidas nem para leituras complacentes. O que está em curso é uma violação deliberada da soberania nacional chinesa e do direito internacional por parte dos Estados Unidos, acompanhada por ações irresponsáveis da autoridade taiwanesa, que colocam em risco a paz regional e global. Diante desse quadro, a resposta diplomática e militar da China não apenas se justifica, como se impõe como um dever de Estado em defesa de sua soberania, de sua integridade territorial e da estabilidade regional.
A grave situação desencadeada nos últimos dias no Estreito de Taiwan, como resultado das provocações dos EUA e da autoridade local da ilha, impõe uma reflexão e uma análise rigorosas sobre o respeito ao direito internacional, à paz e à soberania nacional. A decisão da China de realizar exercícios militares e adotar medidas diplomáticas de retaliação é uma resposta firme, proporcional e legítima a uma escalada de provocações em aberto desrespeito a consensos internacionais consolidados.
O anúncio de um pacote de vendas de armas a Taiwan que ultrapassa 11,1 bilhões de dólares, o maior já registrado, representa um ato de extrema gravidade. Trata-se de uma ingerência direta nos assuntos internos da China e de uma violação frontal da soberania e da integridade territorial chinesas, além de um ataque explícito ao princípio de Uma Só China, amplamente reconhecido pela comunidade internacional. Ao armar Taiwan, Washington não apenas afronta a soberania chinesa, como também sabota conscientemente a paz no Estreito, encorajando forças separatistas e criando a ilusão de que a secessão pode ser sustentada por forças externas. Isto é um sinal perigoso às forças separatistas da ilha, com o que os Estados Unidos minam a paz regional e empurram o Estreito para uma situação de instabilidade crescente, constituindo um desrespeito frontal aos compromissos assumidos nas relações bilaterais com a China e no plano internacional.
Ato de defesa estratégica
Diante desse cenário, o início dos exercícios “Missão Justiça 2025” pelo Comando do Teatro Oriental do Exército de Libertação Popular da China, envolvendo diversas forças ao redor da ilha de Taiwan, deve ser compreendido como um ato de defesa estratégica. Rigorosamente, é uma resposta defensiva, proporcional e legítima a uma provocação que cruzou todas as linhas vermelhas........