Para enfrentar e derrotar as falácias da extrema direita |
Em todas as sociedades estruturadas à base de classes antagônicas, os grupos hegemônicos sempre se constituem em um percentual bem reduzido da totalidade da população. No Brasil, notoriamente um dos países com os mais elevados índices de desigualdade social do planeta, a coisa não poderia ser diferente.
Entretanto, justamente por serem inexpressivas em termos numéricos, as classes dominantes precisam encontrar formas para angariar apoio entre o restante majoritário da população, para, desta maneira, assegurar certa estabilidade do sistema e poderem seguir usufruindo de seus privilégios. Em momentos de crises mais intensas, também se intensifica o processo de cooptação política de elementos dos setores populares para colocá-los na linha de choque da preservação das estruturas de exploração capitalista. Neste processo, a hipocrisia se torna uma das mais importantes ferramentas da política.
Seguramente, os grupos oligárquicos jamais conseguiriam convencer uma quantidade expressiva de pessoas do campo popular a defender suas pautas, se recorressem a discursos em que os objetivos e intenções dos dominadores estivessem nitidamente indicados. Por isso, seus agentes políticos precisam lançar mão de estratagemas nos quais seus interesses específicos e exclusivos não sejam facilmente detectados. Para tal efeito, é preciso que as massas acreditem que aquilo é válido essencialmente para elas.
Em nosso país, dentre as várias consignas que têm sido levantadas com propósito de manter as maiorias afastadas de lutas por reivindicações de melhoria concreta de seu nível de vida, nas últimas décadas, as mais destacadas vêm se referindo a questões como: a defesa da família e da moralidade; a luta contra a corrupção; a exaltação de nossa bandeira e nossos símbolos nacionais; o combate........