Augusto Heleno descuidou da própria biografia. Restou o passivo para Tomás Paiva |
O general Augusto Heleno não parecia se preocupar com a sua biografia. Talvez, confiando na trajetória de ter sido sempre o primeiro aluno, por onde quer que tenha passado na carreira militar. No Exército dá-se a isso o nome tríplice coroa, por ter recebido medalha de primeiro aluno nas três escolas de formação por onde passou. Ao longo da carreira, era do tipo que costumava atravessar a rua para se abraçar com uma polêmica. Foi assim, quando serviu no gabinete do general Sylvio Frota, e o apoiou quando esteve pronto para dar um golpe no general Geisel, quando este iniciou o processo de abertura (lentíssima e gradual), no final da ditadura.
Também a sua saída do Haiti, onde coordenou os brasileiros nas Forças de Paz, da ONU, (MINUSTAH) não foi o que poderíamos chamar de “tranquila”. Deixou atrás de si um processo que corre sob sigilo, e diz respeito ao episódio conhecido como “o massacre de Cité Soleil (fala-se em dezenas de civis mortos em operação em uma comunidade).
Foi o general Heleno quem comandou a “Operação Punho de Ferro” (do inglês: Operation Iron Fist). A ação dos capacetes azuis da