Todos nós, por mais similaridades que possam existir, temos o nosso processo próprio da relação com o Galo. Quem acompanha esse blog mais próximo, sabe que não nasci em berço Atleticano, portanto não foi herança. Diria até que, como no meu roteiro pessoal, manifestação de resistência. Minha mãe, orgulhosa que o primogênito se tornou médico reconhecido em SP, sonhava que o caçula fosse dentista; já meu pai queria um veterinário. Fiz Direito e Jornalismo, contrariando ambos e sou muito feliz. Assim como Atleticano, filho e irmão de flamenguista e de simpatizante de time emergente mineiro dos anos 60. No mais, esses detalhes já foram demasiadamente expostos. Obrigado Fausto Barbosa de Paiva, que aplicou o Galo na veia de uma criança ainda nos anos 60/70!

Pois bem, de nascença muitos e opção outros tantos, seguimos a cartilha da Atleticanidade insana – mas sadia e saudável -, alucinante e cheia de percalços – de responsabilidade nossa e de terceiros (como erros de arbitragem e interesses da organização) -, fiéis ao que nos une. O Galo Forte e Vingador. E, nesse reinício de temporada, pós demissão de um treinador teimoso e ultrapassado – em quem acreditei – vivemos novo momento. Embora um ex-locutor mala – de volta a atividade – tenha protestado, optamos por quem tem sede de vencer e se mostra como peça numa engrenagem em busca de vitórias e títulos. O anterior se achava maior que a instituição. Rua para ele e seus puxas sacos como o tal ex-locutor e outros iguais a eles.

E, para nós Atleticanos, esse momento tem sido muito especial. Em que pese arbitragens avassaladoras e na contra mão da moralidade, como nos jogos com Corinthians e Sport – empate e vitória – que por pouco prejudicaram mais ao nosso time do coração. A nossa resistência a esses caras tem nome e sobrenome. Gabriel Milito, além de devolver a auto estima em alguns poucos que fogem da raia nas adversidades, vem mostrando que a vontade de vencer – tesão por um bom futebol – é capaz de superar a maracutaia enrustida na organização desde os tempos da Rua da Alfandega, passando pela ocasião de inquilino na Victor Civita, aos dias de hoje na Avenida Luiz Carlos Prestes na Barra.

E, evidentemente no conluio com a tv e seus miquinhos amestrados da programação diária na rede afinada com o interesse comercial do futebol. Gente que só enxerga as praias cariocas e a Avenida Paulista, abrigando a atmosfera de interesses diferentes da moralidade. Ouvi de quem conhece as entranhas daquela pocilga – com sede no Rio -, que os árbitros mineiros são desconfiados, cariocas solidários e unidos e já os paulistas individualistas. Apita Galo e FluC nada menos que Claus, aquele que não marcou penalidade – mesmo chamado pela VARgonha – em 2021 num jogo que decidiria o título da temporada antecipadamente frente ao Atlético GO. Interessado na época era o Flamídia.

É nesse misto de desconfiança de mineiro e confiança no Milito, que seguimos acreditando que o bem vence o mal. O treinador, sincero e bem humorado, diferente do outro, chega a sete vitórias e três empates na sua décima partida. E, teimamos em acreditar na força divina pois a do homem – juízes do apito e togados não dá para animar -, que o argentino tem nos embalado. A alegria do Atleticano – na rua, arquibancada e no gramado (titulares e suplentes) tem sido a motivação para sonhar com conquistas. Milito, com seu estilo que abriga ser intenso e comedido, tem nos permitido confiar mais no seu trabalho em contraponto aos interesses da rede de televisão e organização das competições, tanto as nacionais quanto a sul-americana.

Diante disso, Atleticanos de berço ou por opção, podemos sonhar sim com uma temporada promissora. Ele devolveu a alegria da Massa, percebida dentro de campo, jogadores atuando ou na reserva vibrando a cada gol ou troca de passe. Diferentes de tempos recentes, confiantes e sabendo onde encontrar o companheiro para o passe. Nas comemorações, autor do gol abraçando quem tá de jaleco da suplência. Ainda que sob o olhar sisudo do dono do apito – parece que aguardando a voz do além VAR – para anular outro gol legitimo do Galo.

Adversários ríspidos batendo em campo e o juiz mandando o jogo seguir. Afinal, acredito sim no nosso Deus Atleticano e que Ele faz justiça aos desmandos dessa gente. Obrigado Gabriel Milito. O time sob sua batuta vai dar muito trabalho aos concorrentes, aos interesses comerciais da tv e até aos organizadores (tabela, bola de sorteio, arbitragem e tribunalzinho de auditores e procuradoria clubística). Já denunciaram o Fagner? E assim, na condição de Militante e MILITizadO pelo seu trabalho e desempenho, alimento esse sentimento/roteiro individual e que encontra no coletivo a sua, a minha e a nossa Atleticanidade. Aqui é Galo, po##@! Amém e assim seja! Sigamos!

*fotos: 1 e 3) Pedro Souza/Atlético; 2) Pedro Click/Atlético

QOSHE - O sentimento da Atleticanidade tá MILITandO - Eduardo De Ávila
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O sentimento da Atleticanidade tá MILITandO

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02.05.2024

Todos nós, por mais similaridades que possam existir, temos o nosso processo próprio da relação com o Galo. Quem acompanha esse blog mais próximo, sabe que não nasci em berço Atleticano, portanto não foi herança. Diria até que, como no meu roteiro pessoal, manifestação de resistência. Minha mãe, orgulhosa que o primogênito se tornou médico reconhecido em SP, sonhava que o caçula fosse dentista; já meu pai queria um veterinário. Fiz Direito e Jornalismo, contrariando ambos e sou muito feliz. Assim como Atleticano, filho e irmão de flamenguista e de simpatizante de time emergente mineiro dos anos 60. No mais, esses detalhes já foram demasiadamente expostos. Obrigado Fausto Barbosa de Paiva, que aplicou o Galo na veia de uma criança ainda nos anos 60/70!

Pois bem, de nascença muitos e opção outros tantos, seguimos a cartilha da Atleticanidade insana – mas sadia e saudável -, alucinante e cheia de percalços – de responsabilidade nossa e de terceiros (como erros de arbitragem e interesses da organização) -, fiéis ao que nos une. O Galo Forte e Vingador. E, nesse reinício de temporada, pós demissão de um treinador teimoso e ultrapassado – em quem acreditei – vivemos novo momento. Embora um........

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