Somos muitos (não todos), e em determinadas situações me coloco entre esses, que adoramos o patrulhamento alheio sem olhar para o nosso íntimo. Em todos os campos da vida, mas aqui estou (estamos) falando SÓ de Galo. E é com esse sentimento que trago essa prosa para o início dessa semana. Nosso time, entre os primeiros do Brasileirão, tem 100% na Libertadores e saiu em vantagem na Copa do Brasil.

São três competições, ao que estamos acompanhando, priorizadas pela diretoria, comissão técnica e – consequentemente – todo o elenco. Ao Atleticano, claro, pois como sabemos torcemos contra o vento e num jogo qualquer – se alguém usar a camisa do Galo – vibramos com alegria nas vitórias. O Torcedor quer vencer tudo e todos, absolutamente natural. Ainda que, humanamente, seja impossível. Se tem algo que esse grupo do Galo merece ser exaltado é a união entre os jogadores. Incrível! Não sentia isso faz tempo.

Dissemos aqui, semana passada, que irão surgir derrotas. Quase veio no sábado, mas o poder e força de reação dos comandados pelo Milito não permitiu que ainda acontecesse. Foi um empate, como disse aqui ontem, heroico depois de ficar com dois gols a zero em desvantagem no placar. A maioria comemorou a reação, mas li e ouvi alguns poucos descendo a lenha. Entre os quais, não vou citar nomes, pessoas que nas vitórias sequer mostra a cara. Mas, depois de onze jogos sem perder, aproveitaram um bom empate para expor seu jeito de ser. Cada qual com seu cada qual. Repito, dona Beja me ensinou, “cada um dá o que tem”.

O bom amigo Bolivar, com quem eventualmente faço algumas lives – assim como também com outro grande Atleticano o Breno Galante -, tem uma frase que adoro. “Quem não agradece o pouco, não merece o muito”. E, coincidentemente, logo após essa última partida – a convite dele – participei dessa prosa (live) falando sobre o empate com o FluC. Em meio a nossa resenha, manifestei que o momento sugere apoiar e evitar a crítica pela crítica. Recebi, pelas redes sociais, algumas interessantes manifestações de apoio. Me agradou, não pelo personalismo, mas sim pela percepção desse entendimento entre Atleticanos de visão a longo prazo.

Entre esses amiGalos, com um deles – outro estimado amiGalo Caio Duka – a conversa seguiu por algumas troca de postagens. Em síntese, no caso da falha do Éverson, apareceram desafetos e gente sistematicamente que pega no pé do profissional com o manjado “eu tenho dito” e tal. Esquecem, ou ignoram, que ele é titular da posição desde 2020. Completou 100 jogos sem tomar gol com a camisa do Galo. Digno e, mesmo tendo sido vitima de caso extra campo, teve atuações decisivas nas conquistas. Não estou falando de ter crédito, como cheguei a ler em sua defesa, mas no respeito ao profissional e ser humano.

Paulinho e até Hulk, artilheiros de competições com a camisa do Galo, recebem críticas desses mesmos algozes torcedores. Nem Gabriel Milito passou imune. Gente, vamos com calma, a busca pelos títulos – evidentemente – passa pelo apoio do Atleticano. Confiando e indo aos jogos. Levando apoio e incentivo ao trabalho que está sendo desenhado e moldado pela diretoria, comissão técnica e jogadores. Se confirmar, a festa será de nós todos, ainda que um ou outro – como registrei em 2021 – nem apareça nas comemorações.

Atleticanidade, ao que a vida me moldou, é estar ao lado do Galo em todos os momentos. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, nas vitórias e nas derrotas, nas comemorações de títulos e na amargura de perdas. Eu, com meus 66 anos de idade – mais de meio século nas arquibancadas – festejei dezenas de títulos estaduais, outros tantos de nacionais e internacionais, com a mesma devoção de quando aplaudi o time na cruel decisão de 1977 e rebaixamento em 2005. Dois empates amargos, com o São Paulo e decisão nas penalidades e Vasco que decretou a queda. A riqueza desses momentos, sofridos e de devoção explícita, não tem comparação. Desde que a Atleticanidade seja respeitada e fale mais alto que a corneta de poucos. Assim seja e aqui é e sempre será SÓ Galo. Sigamos!

*imagens: 1 e 2) Pedro Souza/Atlético; 3) redes sociais (de um grupo que participei)

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Ensinamentos que precisam ser praticados

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06.05.2024

Somos muitos (não todos), e em determinadas situações me coloco entre esses, que adoramos o patrulhamento alheio sem olhar para o nosso íntimo. Em todos os campos da vida, mas aqui estou (estamos) falando SÓ de Galo. E é com esse sentimento que trago essa prosa para o início dessa semana. Nosso time, entre os primeiros do Brasileirão, tem 100% na Libertadores e saiu em vantagem na Copa do Brasil.

São três competições, ao que estamos acompanhando, priorizadas pela diretoria, comissão técnica e – consequentemente – todo o elenco. Ao Atleticano, claro, pois como sabemos torcemos contra o vento e num jogo qualquer – se alguém usar a camisa do Galo – vibramos com alegria nas vitórias. O Torcedor quer vencer tudo e todos, absolutamente natural. Ainda que, humanamente, seja impossível. Se tem algo que esse grupo do Galo merece ser exaltado é a união entre os jogadores. Incrível! Não sentia isso faz tempo.

Dissemos aqui, semana passada, que irão surgir derrotas. Quase veio no sábado, mas o poder e força de reação dos........

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