A Esquerda habituou-se e habituou-nos a ser, ou pelo menos a parecer, o partido do povo, o partido da democracia, do progresso, da justiça social, da modernidade, de todas as coisas boas. Em Portugal, particularmente, este discurso não foi difícil de sustentar na segunda metade do século XX, sob o regime do Estado Novo, que proibia os partidos políticos e as liberdades democráticas.

É certo que o regime autoritário, nascido do pacto dos militares da Ditadura Nacional com Salazar, viera substituir uma democracia que tinha muito pouco de democrática; uma democracia instalada por um regicídio, em que votavam 7% dos cidadãos, só homens, e em que as eleições eram inevitavelmente ganhas por um partido – o Partido Democrático –, primeiro de Afonso Costa e depois de António Maria da Silva.

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Um novo ciclo?

18 15
06.01.2024

A Esquerda habituou-se e habituou-nos a ser, ou pelo menos a parecer, o partido do povo, o partido da democracia, do progresso, da justiça social, da modernidade, de todas as coisas boas. Em Portugal, particularmente, este discurso não foi difícil de sustentar na segunda metade do século........

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