As empresas e os institutos de sondagens têm bastas razões para se sentirem confortados, não tanto por aquilo que acertam, mas pelo aumento exponencial da procura por parte dos media portugueses, confrontados com um ano eleitoral invulgar. Instalou-se um “vício” de sondagens, de barómetros e de outros instrumentos análogos, todos supostamente baseados em critérios científicos, cujos resultados são depois tratados, digamos, jornalisticamente, por vezes com alguma ligeireza, como se fossem verdades irrefutáveis.
Sucede que, analisada a ficha técnica (obrigatória), verifica-se com frequência que a amostra é suportada por escassas centenas de inquiridos, embora a margem de erro seja generosamente encolhida.
Mesmo descontando manipulações, que as há, tanto na forma como são apresentadas as perguntas aos entrevistados, como no tratamento dos resultados, o que se sabe, na maioria dos casos, é que o orçamento contratado para as sondagens é curto (até quando há custos repartidos por dois e mais parceiros) e, nesta como noutras coisas, não há milagres.
Este artigo é exclusivo para os nossos assinantes: assine agora e beneficie de leitura ilimitada e outras vantagens. Caso já seja assinante inicie aqui a sua sessão. Se pensa que esta mensagem está em erro, contacte o nosso apoio a cliente.
Receba um alerta sempre que Dinis de Abreu publique um novo artigo.