A fazer fé no anúncio de Belém, o governo será formalmente demitido depois de amanhã, deduzindo-se que, a partir daí, ministros e “ajudantes” se limitarão aos actos de gestão corrente, sem decidirem sobre grandes projectos futuros, tais como a localização do novo aeroporto de Lisboa, a privatização da TAP ou o lançamento do TGV, cuja urgência não se coloca.

A questão está longe de ser académica, porquanto não faltam sinais de que, a prolongar-se o período intercalar decidido por Marcelo para que ficasse aprovado o Orçamento de Estado (e dando tempo ao PS para se recompor da demissão de António Costa), o ritmo legiferante do Conselho de Ministros “ganhou asas” e sabe-se lá até onde iria o frenesim.

Nos últimos dias, por exemplo, e apesar de ser matéria delicada e controversa, o executivo demissionário decidiu, à guisa de despedida, mudar o símbolo oficial do governo da República, e, na passada, mandar “às malvas” a esfera armilar, os castelos e as quinas, em obediência “aos novos contextos, determinados pela sofisticação da comunicação digital dinâmica e por uma consciência ecológica reforçada”, como é explicado, sem se perceber bem a ladainha.

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Dos símbolos “inclusivos” ao “prato de lentilhas”

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05.12.2023

A fazer fé no anúncio de Belém, o governo será formalmente demitido depois de amanhã, deduzindo-se que, a partir daí, ministros e “ajudantes” se limitarão aos actos de gestão corrente, sem decidirem sobre grandes projectos futuros, tais como a localização do novo aeroporto de Lisboa, a privatização da TAP ou o lançamento do TGV, cuja urgência não se coloca.

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