Há notícias e números que arrepiam, por ilustrarem, de uma forma crua e dura, a falência ou, no mínimo, as contradições do Estado Social que o PS e o governo gostam de apregoar, como se fosse uma devoção, quando as realidades os desmentem.

Apesar do assistencialismo clientelar, que o governo promoveu de uma forma ostensiva, como base e sustentação do poder, os sem-abrigo aumentaram 78% em quatro anos (e 25%, só no último ano), estimando-se que vivam hoje na rua quase 11 mil pessoas, quando em 2018 se situavam ligeiramente acima dos seis mil.

Os números são oficiais, mas diz quem sabe e trabalha, directamente, no apoio a tanta gente sem tecto, que este inventário só pecará por ser redutor, pois são por demais visíveis os sinais de que o fenómeno evoluiu significativamente este ano – abrangendo agora tanto jovens como idosos, de ambos os sexos, nacionais e estrangeiros – pondo à prova a capacidade das associações humanitárias no terreno, que reconhecem estar no seu limite.

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QOSHE - A miséria que não rende votos - Dinis De Abreu
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A miséria que não rende votos

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26.12.2023

Há notícias e números que arrepiam, por ilustrarem, de uma forma crua e dura, a falência ou, no mínimo, as contradições do Estado Social que o PS e o governo gostam de apregoar, como se fosse uma devoção, quando as realidades os desmentem.

Apesar do assistencialismo clientelar, que o governo promoveu de uma forma........

© Observador


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