A perda do poder de compra das famílias, ocorrida na última década, dificultou o acesso à habitação. A crise económica e financeira de 2008 não foi a única causa desta realidade. Os efeitos de políticas de habitação erradas, como o congelamento de rendas durante mais de 50 anos, e o incentivo à aquisição de habitação própria, que motivaram o endividamento familiar e o aumento do crédito malparado, atingiram um largo espectro da população.

A incompetência dos governos socialistas, evidente no aumento dos pedidos de habitação social e no empobrecimento dos portugueses, agudizou o problema. Estamos perante a maior crise habitacional de sempre.

Quer no mercado da construção, quer do arrendamento, os valores são incomportáveis para as famílias portuguesas. Uma crise que atinge todos. Os de baixos rendimentos, mas também professores, profissionais de saúde, técnicos superiores, etc., que não conseguem aceder a uma habitação digna.

Após oito anos de governo, o PS anunciou a construção de 32 mil habitações até 2026, prometendo melhorar a oferta habitacional em Portugal. Ao olhar mais de perto para esta promessa, percebe-se que não passa de um desenho de powerpoint.

Até 2026, temos de construir 40 mil e em dez anos construir 200 mil. É necessário um programa com soluções práticas e eficazes, envolvendo todas as partes interessadas, incluindo as autoridades locais.

É crucial explorar alternativas e soluções que possam acelerar o processo de construção habitacional em todo o país. Parcerias público-privadas, incentivos fiscais e abordagens inovadoras podem desempenhar um papel significativo na superação dos desafios enfrentados pelo setor habitacional.

Chamar os privados ao mercado da construção de habitação é fundamental. Para isso precisamos de leis claras para que o mercado de arrendamento funcione, apoiando quem precisa e garantindo os direitos de propriedade a quem arrenda.

É hora de adotar uma abordagem pragmática e centrada na ação para garantir que as promessas feitas se traduzam em melhorias tangíveis para todos os cidadãos portugueses. Já chega de powerpoints. No mercado da habitação precisamos de construir casas e entregar chaves.

QOSHE - O falhanço socialista na habitação - Emídio Sousa  
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O falhanço socialista na habitação

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08.01.2024

A perda do poder de compra das famílias, ocorrida na última década, dificultou o acesso à habitação. A crise económica e financeira de 2008 não foi a única causa desta realidade. Os efeitos de políticas de habitação erradas, como o congelamento de rendas durante mais de 50 anos, e o incentivo à aquisição de habitação própria, que motivaram o endividamento familiar e o aumento do crédito malparado, atingiram um largo espectro da população.

A incompetência dos governos socialistas, evidente no aumento dos pedidos de habitação social e........

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